O porte físico de uma atleta da ginástica rítmica é mais esguio que de uma ginasta artística, geralmente muito baixas e fortes. Como não necessitam apenas de força para passarem por suas rotinas, as rítmicas apresentam-se com uma estrutura física mais magra e menos definida. Em comum, as ginastas possuem uma maturação óssea tardia, em geral aos dezoito anos, o que demonstra uma compensação do atraso ocorrido entre os treze e os quinze anos, fase esta em que as atletas se preparam para entrar em grandes competições bem no auge de suas formas físicas e de equilíbrio.
Caracterizada por alto grau de exigência coordenativa das atletas, esta modalidade tem na simetria e na bilateralidade, princípios fundamentais para uma boa execução, além de uma elegância e beleza destacáveis. Por se tratar de uma prática de alta dificuldade técnica, cujo o alto nível é atingido em idade jovem, é necessário que se inicie os treinamentos o mais cedo que se puder, como acontece no caso de sua antecessora, a ginástica artística. Como treinamento, o ideal é que a modalidade seja praticada a partir dos seis anos, pois as meninas possuem um potencial de desenvolvimento capaz de ser sustentado no estágio amadurecido da maior parte das habilidades motoras fundamentais, isto é, entre os quinze e vinte anos de idade. A introdução de aparelhos deve ser feita de forma gradual para que a criança se adapte às características de cada um deles. Nesta prática ginástica deve-se desenvolver ainda as seguintes habilidades: força, energia, flexibilidade, agilidade, destreza e resistência, para que atinja grau técnico rítmico, isto é, para que seja capaz de mostrar vigor, graça e harmonia dos movimentos em apresentação.
De um modo geral, a ginástica rítmica possui três características a serem trabalhadas pelas praticantes: os movimentos corporais, o manuseio de aparatos e o acompanhamento musical. Esses três elementos juntos, formam a unidade que fundamenta esta modalidade. Na prática, seu treinamento baseia-se no comando direto, que visa a repetição das tarefas, e no ensino-aprendizagem, através do qual a ginasta conheceria e identificaria a lógica de seu movimento.Como preparação, a ginasta tem os exercícios físicos iniciados na infância, para favorecer seu crescimento e também sua interação social, bem como aprimorar sua coordenação motora, além do prazer e do estímulo advindos da prática. Tal preparação é feita visando o futuro, no qual a atleta terá sua aptidão física melhorada e usufruirá de experiências surgidas através do convívio em equipe, bem como uma estruturação psicológica maior, ao ter de se deparar com situações opositoras, como a vitória e a derrota. Ao contrário do que pode pensar, o treinamento físico só se torna prejudicial quando mal acompanhado e aliado a uma má alimentação.
Outro ponto a se destacar durante a preparação das ginastas é a alimentação. Em sua fase de desenvolvimento esportivo, uma boa educação alimentar é fundamental para a manutenção do desempenho tanto físico quanto intelectual. Por isso, é preciso um estudo com cada praticante para que se obtenha uma ingestão calórica precisa, de acordo com a necessidade diária de cada uma delas. Como a estética também é ponto fundamental de análise durante uma apresentação, ocorrem ainda as restrições alimentares, também acompanhadas por especialistas, para que a atleta não prejudique sua saúde.
Em suma, para que se tenha uma praticante ideal da ginástica rítmica, é preciso uma interação entre atleta, técnico e familiares, para que se criem hábitos adequados, tanto alimentares e sociais quanto de segurança, para a manutenção do bem estar físico e psicológico, que gerarão efeitos positivos sobre o desempenho intelectual e esportivo das moças.