segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ginástica ritima - Principais competições

É vasta a quantidade de campeonatos de ginástica rítmica, seja no âmbito mundial, seja no âmbito nacional. Abaixo pode-se ver uma lista das principais competições da modalidade. Os campeonatos que reúnem os ginastas de todo o mundo são:

  • Jogos Olímpicos: de quatro em quatro anos, reúne as ginastas classificadas para os eventos. Aquela nação que não conseguir qualificar uma equipe, está apta a enviar até três competidoras para representá-la.
  • Campeonato Mundial: realizado anualmente desde o ano de 1963, exceto em anos olímpicos desde 2000. Como os Jogos Olímpicos, é também uma competição global.
  • Copa do Mundo: torneio realizado por temporada. É dividido em etapas que acontecem durante o ano. Sua final reúne as ginastas classificadas durante as etapas anteriores.
  • Jogos Mundiais: realizado de quatro em quatro anos, reúne as modalidades não olímpicas, mas reconhecidas pelo COI. Apesar de ser uma modalidade disputada em Olimpíadas, a ginástica rítmica foi incluída no programa em 2001 e neles reúnem-se as ginastas de todo o mundo.

Existem ainda as competições regionais, conhecidas pela competitividade entre as atletas participantes e nas quais se conhecem as favoritas continentais:

  • Jogos Asiáticos: realizado a cada quatro anos. Reúne todas as nações do continente asiático.
  • Campeonato Europeu: competição realizada de dois em dois anos entre 1978 e 1998. Em diante, passou a ser uma disputa anual.
  • Jogos Pan-Americanos: realizado de quatro em quatro anos. É onde reúnem-se as ginastas dos três continentes americanos (Sul, Central e Norte).
  • Jogos Sul-Americanos: competição realizada a cada quatro anos. É onde reúnem-se as ginastas do continente sul-americano.

Ginástica ritima - O formato

Esta modalidade possui duas categorias diferentes de competição: a individual e a por grupos, chamada também de conjuntos, composta por cinco ginastas. Na rítmica, as atletas competem com cinco aparelhos. Contudo, em um espaço de dois em dois anos, um é deixado de fora, o que gera uma rotação olímpica marcada sempre pela ausência de um aparelho diferente. Na competição individual as atletas apresentam quatro rotinas diferentes, uma para cada aparelho. Já na de grupos são duas as apresentações: na primeira, as cinco ginastas utilizam cinco aparelhos idênticos, enquanto na segunda, apresentam-se com dois distintos, na disposição de dois mais três. Estas apresentações variam em tempo. Enquanto as individuais duram 75 segundos, as por grupos duram 150. Pelas regras da Federação, as competições individuais dividem-se em três etapas, mais as disputas por equipes:

  • Competição I – Qualificatória: Esta etapa qualifica para a chamada Competição II, a do individual geral, que conta com as três melhores apresentações em cada aparelho para a final geral, e com as oito melhores em cada equipamento para a final de cada aparato, chamada de Competição III. É ainda nessa fase que se define a final por equipes, formada pelas oito melhores colocadas.
  • Final por equipes: Nesta prova conta-se um total de doze exercícios, três para cada aparelho, a serem realizados pelas ginastas participantes. Seu somatório define as dez primeiras colocadas, que passaram pela fase de classificação, entre elas, as medalhistas.
  • Competição II - Individual geral: Aqui definem-se as vencedoras e o ranking final da disputa individual geral. Como na competição I, as ginastas se apresentam nos aparelhos e o total é utilizado para a nota final, que definirá as posições das 24 ginastas qualificadas na C I.
  • Competição III - Final por aparelhos: Nesta etapa as ginastas classificadas para cada um dos quatro aparelhos, posicionadas de uma a oitava, repetem suas apresentações para definirem as colocações e as vencedoras de cada aparato.

Ginástica ritima - Doping e limite de idade

Bem como nas demais modalidades da ginástica, uma das violações possíveis de ocorrer na rítmica é o doping. Visando o controle e a manutenção da boa conduta, a FIG estabelece testes antidoping antes, durante e após a realização dos eventos, podendo realiza-los até mesmo quando as ginastas estão fora de competições. Contudo, como suas filiadas, as Uniões devem também efetuar o controle em seus respectivos continentes, como faz a União Europeia de Ginástica. Com as medidas disciplinares, não são muitos os casos de doping nesta modalidade. No entanto, entre os casos mais famosos de dopagem bioquímica da ginástica rítmica, está o da mais condecorada ginasta que já competiu até o ano de 2006, Alina Kabaeva. Em 2001, a alteta perdeu suas seis medalhas conquistadas no Mundial de Madri, pela comprovação de doping nos Jogos da Amizade, embora não tenha sido banida da competição e nem do esporte. Outra ginasta reprovada em teste foi a ucraniana medalhista olímpica, Anna Bessonova. Em 2002, recebeu dois meses de punição sem poder competir, devido a presença de furosemida, mesma razão pela qual Kabaeva teve suas medalhas retiradas no ano anterior.

Entre as punições moderadas da Federação estão a retirada de medalhas, a desclassificação e o afastamento temporário. Já a mais severa, causada por reincidência, é o banimento do esporte.

Segundo as regras descritas no Regulamento Técnico da Federação Internacional, a idade mínima para as participantes da ginástica rítmica é de dezesseis anos, sem exceção de competição, como ocorreu com a artística feminina durante algum tempo. O controle que evita a falsificação etária é feito através de um processo de creditação da FIG antes das competições oficiais. A comissão organizadora do evento, junto a um secretário da entidade verifica a idade das atletas, na mesma medida em que verifica suas nacionalidades. Como punição, o Código de Disciplina aplica medidas moderadas, como a retirada das medalhas, a desqualificação no evento e o afastamento temporário.

Nesta modalidade, não há relatos registrados de falsificações etárias em competições oficiais, tanto regidas pela FIG quanto regidas pelo Comitê Olímpico Internacional.

Ginástica ritima - Equipamentos

Regida pela FIG como exclusivamente feminina, é uma modalidade totalmente baseada nos exercícios de solo. O tablado, localizado sempre dentro de um ginásio coberto, é a área de competição que deve ter as dimensões de 14 x 14 m, composto por um material elástico, que amortece possíveis quedas e ajuda ao impulso dos saltos, geralmente em uma cor clara como o bege bordeado por uma outra, de tonalidade mais acentuada, como o vermelho ou azul, no qual as ginastas devem realizar suas séries. Em particular, a penalidade para a atleta que termina sua apresentação fora do tablado ou sair dele durante a série é de 0,500 ponto. A mesma vale para a ginasta que praticar aquecimento dentro da área de competição.

Os equipamentos desta ginástica são os chamados aparatos, extensores do corpo da praticante. Neste caso equipamento não é dividido dos aparelhos, como ocorre na modalidade artística, que coloca braçadeiras e munhequeiras em outro grupo de utilidade, que não no mesmo da trave de equilíbrio e das argolas, por exemplo. Todavia, o uniforme feminino das atletas rítmicas é composto por um collant de lycra sem mangas ou de mangas longas, podendo ou não ser usado um pequeno saiote por cima e sapatilhas nos pés. Além disso, as moças podem usar luvas e o pó de magnésio, e devem ter os cabelos curtos ou usá-los presos, também para não prejudicar a movimentação.

Ginástica ritima - Movimentos

Os chamados elementos corporais são a base dos exercícios individuais e de conjuntos, que podem ser realizados em várias direções, planos, com ou sem deslocamento, em apoio sobre um ou dois pés e coordenados com movimentos de todo o corpo. Andar, correr, saltar, saltitar, balançar, circundar, girar, equilibrar, ondular, lançar e recuperar são elementos corporais obrigatórios e acompanhados por estímulo musical. Durante a realização dos movimentos, a graça e a beleza deles também contam na avaliação das árbitras, já que a harmonia com a música deve gerar interação, além de demonstrar entrosamento nas apresentações de grupo. Entre os principais elementos corporais realizados nesta modalidade estão:

  • O equilíbrio: na qual a atleta se posiciona sobre uma das pernas e levanta a outra.
  • A onda: com flexibilidade, a ginasta movimenta seu corpo imitando uma onda.
  • O moinho: no qual a atleta consegue, com a ajuda de aparelhos como as maças e as cordas, formar um círculo à sua volta com os movimentos dos braços.
  • O pivote ou pivot: que trata de uma rotação de 360º sobre um pé.
  • O véu: que são os movimentos de rotação de uma corda em torno do corpo da atleta.

Esses movimentos básicos, no entanto, unem-se a outros, de acordo com o equipamento específico utilizado na apresentação. Apesar disso, não deixam de ser variações apenas dos movimentos listados acima. São exemplos: equilíbrio em prancha, salto Cabriole, pivot 360º em retiré e onda lateral.

Ginástica ritima - Preparação e caracteristicas

O porte físico de uma atleta da ginástica rítmica é mais esguio que de uma ginasta artística, geralmente muito baixas e fortes. Como não necessitam apenas de força para passarem por suas rotinas, as rítmicas apresentam-se com uma estrutura física mais magra e menos definida. Em comum, as ginastas possuem uma maturação óssea tardia, em geral aos dezoito anos, o que demonstra uma compensação do atraso ocorrido entre os treze e os quinze anos, fase esta em que as atletas se preparam para entrar em grandes competições bem no auge de suas formas físicas e de equilíbrio.

Caracterizada por alto grau de exigência coordenativa das atletas, esta modalidade tem na simetria e na bilateralidade, princípios fundamentais para uma boa execução, além de uma elegância e beleza destacáveis. Por se tratar de uma prática de alta dificuldade técnica, cujo o alto nível é atingido em idade jovem, é necessário que se inicie os treinamentos o mais cedo que se puder, como acontece no caso de sua antecessora, a ginástica artística. Como treinamento, o ideal é que a modalidade seja praticada a partir dos seis anos, pois as meninas possuem um potencial de desenvolvimento capaz de ser sustentado no estágio amadurecido da maior parte das habilidades motoras fundamentais, isto é, entre os quinze e vinte anos de idade. A introdução de aparelhos deve ser feita de forma gradual para que a criança se adapte às características de cada um deles. Nesta prática ginástica deve-se desenvolver ainda as seguintes habilidades: força, energia, flexibilidade, agilidade, destreza e resistência, para que atinja grau técnico rítmico, isto é, para que seja capaz de mostrar vigor, graça e harmonia dos movimentos em apresentação.

De um modo geral, a ginástica rítmica possui três características a serem trabalhadas pelas praticantes: os movimentos corporais, o manuseio de aparatos e o acompanhamento musical. Esses três elementos juntos, formam a unidade que fundamenta esta modalidade. Na prática, seu treinamento baseia-se no comando direto, que visa a repetição das tarefas, e no ensino-aprendizagem, através do qual a ginasta conheceria e identificaria a lógica de seu movimento.Como preparação, a ginasta tem os exercícios físicos iniciados na infância, para favorecer seu crescimento e também sua interação social, bem como aprimorar sua coordenação motora, além do prazer e do estímulo advindos da prática. Tal preparação é feita visando o futuro, no qual a atleta terá sua aptidão física melhorada e usufruirá de experiências surgidas através do convívio em equipe, bem como uma estruturação psicológica maior, ao ter de se deparar com situações opositoras, como a vitória e a derrota. Ao contrário do que pode pensar, o treinamento físico só se torna prejudicial quando mal acompanhado e aliado a uma má alimentação.

Outro ponto a se destacar durante a preparação das ginastas é a alimentação. Em sua fase de desenvolvimento esportivo, uma boa educação alimentar é fundamental para a manutenção do desempenho tanto físico quanto intelectual. Por isso, é preciso um estudo com cada praticante para que se obtenha uma ingestão calórica precisa, de acordo com a necessidade diária de cada uma delas. Como a estética também é ponto fundamental de análise durante uma apresentação, ocorrem ainda as restrições alimentares, também acompanhadas por especialistas, para que a atleta não prejudique sua saúde.

Em suma, para que se tenha uma praticante ideal da ginástica rítmica, é preciso uma interação entre atleta, técnico e familiares, para que se criem hábitos adequados, tanto alimentares e sociais quanto de segurança, para a manutenção do bem estar físico e psicológico, que gerarão efeitos positivos sobre o desempenho intelectual e esportivo das moças.

Notas

  • a. ^ : Manter-se no peso ideal significa melhores condições em treinamento e competições. O peso ideal varia de ginasta para ginasta e impede que o mesmo sofra danos em suas articulações inferiores, como joelhos e calcanhares.
  • b. ^ e c. ^ : Os elementos ginásticos são os exercícios que não admitem rotação em torno do eixo transversal do corpo acima de 180 graus, contendo rotações no eixo longitudinal do mesmo. Os elementos acrobáticos são de prática inversa aos ginásticos, ou seja, não admitem movimentos no eixo longitudinal superior a 180 graus. Porém, ambos os exercícios podem contar com combinações dos dois tipos de movimentos, desde que as limitações dos graus sejam mantidas em cada tipo de elemento.
  • d. ^ : Este limite de idade é estudado pela FIG para se igualar ao limite de exigência olímpico.
  • e. ^ : Os elementos masculinos possuíam seis grupos de valor. O "super-E" ou F, foi o mais elevado até o fim do ciclo 2004-2008.
  • f. ^ : Para detalhes da competição, ver predefinição {{Ginástica nos Jogos Olímpicos}}abaixo de "Ligações externas". Basta clicar em 'expandir'.
  • g. ^ : Descontadas as disputas excluídas do quadro de eventos, como a barra fixa por equipes e os aparelhos portáteis.
  • h. ^ : Percentual medido em medalhas totais disputadas e não medalhas totais distrbuídas. Caso três nações tenham empatado em alguma posição, conta-se apenas uma disputada e não as três recebidas.
  • i. ^ : Para detalhes da competição, ver predefinição {{Campeonatos Mundiais de Ginástica}} abaixo de "Ligações externas". Basta clicar em 'expandir'.
  • j. ^ : Não estão listados no livro referência. Destacaram-se nos Jogos Olímpicos de Pequim como multimedalhistas.

Os Campeonatos Mundiais

A origem dos Campeonatos Mundiais adveio das ideias do até então presidente da Federação Francesa de Ginástica, Charles Gazalet. Junto a outros ginastas, ele contrariou a vontade do presidente da FEG - como inicialmente a FIG era denominada -, que se vira obrigado a concordar com o desejo da maioria: A prática da modalidade voltada às competições. Assim, o primeiro Torneio Internacional foi realizado em 1903 e continuou com este nome até 1934, quando passaram e ser denominados Campeonatos Mundiais. Estes campeonatos sofreram também algumas transformações e atualmente o Mundial realizado no ano anterior aos Jogos Olímpicos serve para selecionar os ginastas e as nações que deverão participar dos Jogos.

Depois das Olimpíadas, o Mundial é a competição mais importante da modalidade. Realizados de dois em dois anos, mais tarde (1922) passaram a ter suas edições apenas de quatro em quatro. Em 1999 passou a ser disputado anualmente com exceção dos anos em que a ginástica está presente nos Jogos Olímpicos.

Presenças nos Jogos Olímpicos

A ginástica artística está presente nos Jogos Olímpicos da era moderna desde a sua primeira edição, em Atenas (1896). A equipe vencedora da primeira disputa olímpica foi da Alemanha, com o total de nove medalhas, seguida da Grécia e da Suíça. A primeira participação feminina, no entanto, só se deu em 1928, na edição de Amsterdã, onde saiu-se vitoriosa a equipe anfitriã. Historicamente, ao longo das edições, aparelhos e competições foram retirados do quadro competitivo, enquanto outros foram inseridos. Em decorrência da Primeira Guerra Mundial, a edição de 1916 não fora realizada, o mesmo acontecendo com as edições de 1940 e 1944, por conta da Segunda Grande Guerra. E em outras duas ocasiões - Moscou 1980 e Los Angeles 1984 - ocorreram os maiores boicotes da história dos Jogos, liderados pelos norte-americanos e soviéticos. No caso das competições nos Jogos, o Comitê Olímpico Internacional é o responsável pela organização do evento, incluindo os critérios de desempate.

Quadro de medalhas

O quadro abaixo mostra as nações que mais subiram ao pódio na história dos Jogos Olímpicos. e demonstra a superioridade numérica da União Soviética, tanto no total de medalhas, quanto nas parciais ouro, prata e bronze. A Romênia, apesar de possuir um número maior de medalhas de ouro, possui um total inferior ao da Alemanha. Na contagem, foram incluídas as conquistas russas - para a União Soviética - e alemãs orientais - para a Alemanha. Os resultados incluem as disputas masculinas e femininas, e a porcentagem fora retirada do total de medalhas disputadas: das 810, 503 estão distribuídas entre as cinco mais bem sucedidas nações listadas.


Nações Gold medal.svg Silver medal.svg Bronze medal.svg Somatório %[h]
União Soviética 80 74 54 208 26
Japão 28 31 33 92 11
Estados Unidos da América 23 28 5 76 9
Alemanha 17 21 27 65 8
Romênia 22 19 23 64 8
Total 170 173 160 503 62

Principais Competições

É vasta a quantidade de campeonatos de ginástica artística, seja no âmbito mundial, seja no âmbito nacional. Segue abaixo uma lista das principais competições da modalidade. As competições que reúnem os ginastas de todo o mundo são:

  • Jogos Olímpicos: De quatro em quatro anos, reúne os ginastas classificados para os eventos. Aquela nação que não conseguir qualificar uma equipe, está apta a enviar até três competidores para representá-la.
  • Campeonato Mundial: Desde 1999 sua realização é anual. Esta competição possui caraterística singular - Dependendo do ano, pode apresentar ou não determinado tipo de evento. Em Debrecen - 2002 por exemplo, não houve a disputa por equipes e do individual geral.
  • Copa do Mundo: Torneio realizado por temporada. É dividido em etapas que acontecem durante o ano. Sua final reúne os ginastas classificados durante as etapas anteriores. De acordo com o novo regulamento, a final desta competição dá direito ao vencedor de disputar os Jogos Olímpicos.

Existem ainda as competições regionais, conhecidas pela competitividade entre os atletas participantes e onde se conhecem os favoritos continentais:

  • Campeonato Africano - Realizado de três em três anos. É onde reúnem-se os ginastas de todo o continente africano.
  • Jogos Asiáticos - Realizado a cada quatro anos. Reúne todas as nações do continente asiático.
  • Campeonato Europeu - Em 2004, começou a ser realizado todos os anos. É onde reúnem-se os ginastas do continente europeu. Esta competição é conhecida por seu alto nível e por reunir nações sempre favoritas nos Jogos Mundiais, como a Rússia e a Romênia.
  • Jogos Pan-Americanos - Realizado de quatro em quatro anos. É onde reúnem-se os ginastas dos três continentes americanos: Sul, Central e Norte. São realizados desde os Jogos de 1951, em Buenos Aires.
  • Jogos Sul-Americanos - Competição realizada a cada quatro anos. É onde reúnem-se os ginastas do continente sul-americano.

Limite de idade

Historicamente, até meados de 1981, a idade limite para ginastas – mais especificamente femininas, pois os homens, em geral, iniciam-se mais tarde e encerram suas carreiras mais tarde – era de quatorze anos. Porém, este limiar não era ultrapassado, visto que as ginastas raramente competiam com menos de vinte anos. Ágnes Keleti, Vera Caslavska e Larissa Latynina são exemplos dessas campeãs. A primeira conquistou medalhas aos 35 anos, em 1956. Vera foi campeã pela última vez aos 26 e Latynina aos 29, chegando a competir grávida.

Na década seguinte, meados de 1970, a idade das ginastas teve uma acentuada redução real – como Nadia Comaneci competindo aos quatorze anos e Ludmilla Tourischeva aos dezesseis - e com isso, os problemas com ginastas pré-adolescentes teve início, decorrentes dos pedidos de exceções para ginastas de doze e treze anos, como a canadense Karen Kelsall e a norte-americana Tracee Talavera. No ano de 1981, em resposta a estes quase constantes pedidos e ao aumento das exigências físicas e psicológicas do desporto, a FIG decidiu aumentar a idade das ginastas para quinze anos. Tal regra vigorou até o ano de 1997, quando a idade fora novamente aumentada, dessa vez para dezesseis anos – para competições olímpicas e quinze para as demais. No entanto, esta regra é constantemente debatida, pois as ginastas com menos de dezesseis competem sob o mesmo código de exigência.

A falsificação da idade consiste na prática de aumentá-la a fim de poder disputar provas na categoria sênior, no intuito de obter as vantagens físicas debatidas em estudos médicos. Esta prática, até pouco tempo não era rara e coincidia com as alterações feitas pela entidade. Por vezes, os próprios atletas iam à tv confessar o ato ilegal de forjarem suas certidões ou tê-los expostos à imprensa. Daniela Silivas é um exemplo de ginasta que teve sua idade adulterada em dois anos – treze para quinze – com o consentimento de funcionários da federação romena. A ginasta revelou a falsificação em uma entrevista dada no ano de 2002.

Como punição à violação da regra de Requerimentos etários, a FIG prevê a perda de todos os ganhos em uma competição, a desqualificação do atleta e por conseguinte, da equipe. O mais recente caso - absolvido - envolveu as ginastas medalhistas de ouro nas Olimpíadas de Pequim 2008: as chinesas Lilin Deng, Kexin He, Yilin Yang e Yuyuan Jiang.

Violações do esporte

A Federação Internacional possui diversas regras para questões de doping e falsificação etária. Tais regras possuem graus de punição mediana à severa, variando caso a caso, reincidente ou não. Porém, sempre aplicadas visando o melhor para o esporte e seus praticantes.

A Federação Internacional

Todas as competições oficiais de ginástica artística são reguladas pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), que estabelece normas e calendários para todos os eventos internacionais. As competições nacionais são geralmente regulamentadas pelas diversas federações locais. A FIG tem ainda a responsabilidade sobre o Código de Pontuação, a publicação que orienta os ginastas, técnicos e árbitros na elaboração, composição e avaliação das séries em todas as provas, e que ainda rege os resultados da modalidade. A entidade impõe um limite mínimo de idade para competições oficiais de nível sênior de dezesseis anos. Este limite - importante sobretudo nas provas femininas - pretende impedir a entrada de ginastas pré-adolescentes em competição, o que poderia implicar em problemas de saúde futuros.

A FIG é responsável pela realização do Campeonato Mundial de Ginástica Artística e pela Copa do Mundo de Ginástica Artística, realizada em várias etapas. Existem ainda diversas outras competições, a nível continental, nacional e regional. Filiadas a ela está a União Europeia de Ginástica, a União Africana de Ginástica, a União Pan-americana de Ginástica e a União Asiática de Ginástica, que respondem diretamente por suas federações e confederações filiadas continentais.

Os fabricantes

Com o avanço do esporte, padronizaram-se os equipamentos e novos fabricantes surgiram por todo o mundo para atender a demanda e melhorar os materias usados para dar maior segurança aos praticantes desta e das demais modalidades da ginástica. Alguns dos principais fabricantes dos aparelhos são: A francesa Gymnova, geralmente presente em provas realizadas no continente europeu, a suíça Alder+Eisenhut, a alemã Spieth, que realizou inovações no tablado - apresentando-o mais rígido - e esteve presente no Campeonato Mundial de Stuttgart e nos Jogos Olímpicos de Pequim, e as também francesas Nouansport e GES, presentes em centros de treinamentos. Gymnova e Spieth, as constantes nos eventos internacionais recentes, apresentam-se nas cores creme e vermelha (Gymnova) e azul e branca (Spieth).

Local

As competições de ginástica geralmente são disputadas em locais fechados, com várias adaptações para a prática da modalidade. Os exemplos mais precisos são os ginásios e os estádios cobertos, especialmente preparados para comportar aparelhos e bancas julgadoras, pois cada elemento da ginástica artística possui a sua peculiaridade

Movimentos

São abundantes os movimentos que podem ser realizados pelo atleta durante suas apresentações na ginástica artística. A variação se dá tanto no solo, quanto nos demais aparelhos. No entanto, tais movimentos possuem apenas duas variantes: longitudinal - girar em volta de si mesmo - as piruetas; e transversal - de movimento, o mortais. Baseado nisso, seus elementos foram chamados de técnicos, em vista dos intensos treinamentos para se atingir a perfeição da execução dos elementos ginásticos e acrobáticos. Abaixo seguem alguns dos mais conhecidos movimentos e suas descrições de realização. Movimentos não especificados com localização de realização são utilizados em vários momentos. Os saltos e tomadas de equilíbrio (como as paradas de mãos), por exemplo, são de uso de praticamente todos os aparelhos, tanto masculinos quanto femininos:

A americana Bridget Sloan executando um avião sobre a trave.
  • Abertura: Ação muscular de extensão da articulação dos quadris.
  • Avião: Posição de equilíbrio típica da trave, em que o ginasta mantém uma perna no chão e eleva a outra para trás, com os braços abertos. Exige força, flexibilidade e equilíbrio.
  • Carpada: As pernas estendidas formam um ângulo com o tronco. É possível também ter uma posição carpada de pernas afastadas.
  • Diamidov: Movimento típico das barras paralelas, o ginasta segura com uma mão uma das barras, e gira em torno do próprio corpo.
  • Dos Santos (Duplo Twist Carpado): Dois giros em torno do corpo, seguido de dois mortais no ar com uma flexão no quadril levando as mãos à altura do joelho.
  • Empunhaduras: São tomadas, pegadas ou presas, que representam várias maneiras do executante segurar o aparelho e manter-se nele.
  • Estendida: O corpo deve estar em linha reta, sem nenhum ângulo.
  • Flic-Flac: Movimento preparatório para acrobacias. O ginasta levanta os braços esticados ao mesmo tempo em que seus pés deixam o solo, usando um grande impulso dos ombros. Pode ser executado para frente ou para trás.
  • Giro de quadris para trás (oitava de apoio para apoio): O corpo executa um giro completo em torno do eixo transversal. Movimento típico das barras assimétricas.
  • Giro gigante: Elemento específico das barras assimétricas. Uma rotatória em volta da barra de 360º, executada com todo o corpo na posição estendida.
  • Grupada: Todas as partes do corpo se flexionam e se aproximam de ponto central corporal. As pernas devem estar flexionadas e a testa deve tocar o joelho.
  • Parada de mãos: Exercício mais básico da ginástica artística. O corpo deve permanecer na linha do pulso. Dedos afastados permitem melhor equilíbrio.
  • Parafuso: Uma rotação (em torno do próprio corpo para os lados) sem o uso das mãos no solo.
  • Roda: É a chamada estrela. O ginasta passa lateralmente em apoio invertido (de ponta cabeça) e retoma de pé.
  • Rondada: Semelhante à Roda, com os dois pés chegando ao solo no mesmo instante. Usada pelos ginastas para acelerar uma "passada" de movimento pontuado.
  • Rudi: Um parafuso e meio na posição estendida após o movimento para frente. Exemplo: flic-flac para frente, mortal simples para frente.
  • Salto pak: Típico das barras assimétricas. É usado para passar da barra mais baixa para a mais alta. A ginasta faz um movimento semelhante com o flic-flac, pois o salto pak é também um movimento preparatório pontuado.
  • Selada: Corpo forma um arco e as costas ficam "arqueadas" para trás.
  • Stützkehre: Movimento típico das barras paralelas. Parada de mãos; Pequena projeção dos ombros à frente e as pernas descem mantendo o corpo todo firme; Passagem pelo apoio normal - As pernas devem, agora, ser chutadas para frente e para cima; O braço de apoio conduz o corpo, dando direção e altura; Queda no apoio invertido, seguido de nova parada de mãos.
  • Tkachev: Movimento usado nas barras assimétricas e na barra fixa. O ginasta larga a barra, passa de costas por cima dela na posição carpada ou com pernas separadas, e em seguida, pega a barra novamente.
  • Tsukahara: Salto mortal duplo com um parafuso completo no primeiro salto.

Treinamento e preparação para a Ginática

Nos treinamentos, existem quatro peças fundamentais – Um treinador, um atleta, um bom entendimento na relação esportista e um objetivo comum.

O treinamento físico do ginasta é realizado baseado em repetições para aumentar força e massa muscular, melhorando, com isso, sua flexibilidade e suas capacidades aeróbicas e anaeróbicas. A repetição serve também para melhorar a concentração e automatizar os movimentos mais simples, fazendo com que o ginasta despenda mais tempo na meta de atingir a perfeição das rotinas técnicas. Por outro lado, cabe ao técnico definir a tática, ou seja, os limites físicos de seu atleta e de motivá-lo na prática constante e na busca pelos melhores e mais aproveitáveis movimentos.

Tomando como partida os treinamentos diários – de duração variável entre quatro e oito horas -, que impedem a perda da flexibilidade e dos movimentos, os riscos de acidentes e medidas preventivas são uma constante no meio gímnico, seja ele de elite ou aprendiz. As maiores incidências recaem sobre as articulações e coluna. O risco de fraturas, todavia, é de periculosidade reduzida. Modalidades como vôlei e futebol, em relação à ginástica, são mais vulneráveis em se tratando de fraturas ósseas.

Para se evitar acidentes e diminuir os riscos de lesões, algumas medidas são tomadas, o que torna a ginástica um esporte de prática segura, ainda que os movimentos desafiem a gravidade e o equilíbrio: um maior número de colchões amortece os impactos de saída dos aparelhos; um bom acompanhamento do técnico ou de um auxiliar impede que o ginasta pratique sozinho e realize movimentos inadequadamente; a presença da FIG, que qualifica movimentos claramente perigosos com baixas pontuações a fim de desmotivá-los na execução destes; o acompanhamento de fisioterapeutas e preparadores físicos, essencial para se evitar lesões, pois é através das instruções destes profissionais, que o ginasta executará seus exercícios da melhor forma possível; e por fim, o alongamento realizado antes e após o treinamento, que se faz fundamental para evitar agressões musculares. Outro pilar de um bom treinamento é o acompanhamento psicológico, chamado pelos profissionais de 'psicologia comportamental do esporte'. Esta ferramenta ajuda a estruturar o preparo da mente do atleta, bem como descobrir e sanar as reais (não apenas aparentes) dificuldades do ginasta em qualquer âmbito profissional, como as competições e os treinos, por exemplo.

Vale ressaltar ainda que a alimentação é também de imprescindível importância para ajudar o ginasta a manter seu corpo saudável, principalmente entre os mais jovens (adolescentes), em fase de desenvolvimento. Em virtude dos exercícios de alta intensidade, seu organismo necessita de uma boa oferta de carboidratos para manter os músculos aptos às atividades. Além disso, o atleta deve ter ainda uma boa variedade alimentar em sua dieta, contendo o balanço adequado de proteínas, vitaminas e gorduras (que mantém o corpo abastecido para o exercício físico avançado). A hidratação durante as práticas também é fundamental. Porém, não apenas feita com água, mas hidratos de carbono e isotônicos para restaurar a energia perdida. No todo, o auxílio de um nutricionista evita a ingestão de gorduras nocivas e os mantém sempre saudáveis e no peso ideal. É através dos treinamentos e das prevenções que o ginasta se mantém competitivo, apto e saudável dentro do esporte.

Ginástica laboral

É o conjunto de práticas de exercícios físicos realizados no ambiente de trabalho (donde o qualificativo laboral), com a finalidade de colocar previamente cada pessoa — e todos — da equipe ou grupo de trabalho bem preparadas para o exercício do labor diário. Usualmente baseia-se em técnicas de alongamento, distribuídas pelas várias partes do corpo, dos membros, passando pelo tronco, à cabeça, sendo, de ordinário, orientada ou supervisionada por um fisioterapeuta ou educador físico.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ginastica Artística Masculina

A ginástica artística é um esporte que encanta, por seus gestos altamente perfeitos e minuciosamente treinado. Trataremos aqui deste esporte nesta perspectiva, ou seja, o das competições esportivas, no qual cada movimento, cada ação deverá seguir padrões e normas técnicas e regrada.
Primeiramente gostaríamos de ressaltar o uso do próprio termo. A ginástica artística fora adotada no Brasil desde sua implantação, por volta de 1824, e em Assembléia no ano de 2004, fora considerada o nome oficial pela Confederação Brasileira de Ginástica. Porém, a Federação Internacional de Ginástica ( FIG), com o objetivo de minimizar confusões no sentido de que a ginástica olímpica poderia ser referida a qualquer ginástica que fosse competida nos Jogos Olímpicos, adotou o termo Ginástica Artística, como aquela que era competida nos aparelhos ( solo, salto, cavalo com alças e paralelas). Encontramos nas literatura brasileira ainda referência e ambos termos, porém utilizaremos nesta monografia o termo oficial da Confederação Brasileira de Ginástica, ou seja, a ginástica artística.

Ginastica Rítmica - OUTROS

Bônus

O acréscimo de pontos pode advir de diversos fatores, nomeadamente:

- originalidade da coreografia;

- acompanhamento musical;

- desempenho excepcional por parte da ginasta.

Corda

Existem diversos exercícios obrigatórios que incluem balanços, círculos, enrolar e desenrolar a corda, atirar ou receber a corda. As ginastas podem ainda saltar através da corda aberta ou dobrada de diferentes formas.

Arco

Os passos a serem executados com o arco são os saltos, as rotações, atirar e apanhar o arco. As manobras que podem ser consideradas mais difíceis e passivas de receber bônus são a projeção do arco a uma altura elevada e apanhá-lo de uma forma original e diferente.

Bola

A bola não pode ser agarrada, apenas sustentada com a mão, o que significa que são necessários movimentos mais graciosos como rodá-la, segurá-la para fazer passar sobre ou sob o corpo da ginasta e atirá-la para o ar.

Maças

Os movimentos mais freqüentes neste exercício são as rotações, atirar as maças ao ar ou passá-las de mão em mão e movimentá-las de forma rítmica para acompanhar a música.

Fita

O exercício com fita proporciona um espetáculo bastante bonito quando a ginasta a agita de modo a formar diferentes padrões e figuras. Existe uma regra importante neste aparelho que é a obrigatoriedade da constante movimentação da fita.

Ginastica Rítmica - Tecnicas

TÉCNICAS

ELEMENTOS CORPORAIS

Saltos

Para que os juizes considerem um salto válido, este deve ter uma altura adequada para a estatura da ginasta e do aparelho utilizado, e o centro de gravidade da ginasta deve estar suficientemente elevado. A forma do corpo durante o salto deve estar bem definida, assim como a definição da sua amplitude. A chegada ao solo é também muito importante pois uma descida muito forte pode levar a uma penalização. Estes elementos devem ser utilizados com a corda ou com o arco.

Equilíbrio

Consiste na formação de uma posição estática num exercício. Esta posição deve manter-se durante pelo menos um segundo e ter como base de sustentação os dedos dos pés ou um joelho. As ginastas nunca devem executar movimentos desnecessários durante, antes ou na conclusão do exercício, nem podem utilizar as mãos ou o aparelho como apoio. Os aparelhos a serem utilizados nos elementos de equilíbrio são a bola ou as maças.

Pivots

Esta rotação do corpo deve partir de uma posição estática, sendo que deve passar um pouco para além dos 360º para ser considerada uma volta completa ou mais de 720º para ser uma volta dupla completa. O pivot deve ser executado na ponta dos pés e a forma do corpo devem ser mantida até ao final da rotação. A perda de equilíbrio e o apoio no calcanhar durante a rotação são duas faltas graves neste elemento, que deve ser executado nos exercícios com a fita.

Flexibilidade

Estes elementos consistem na obtenção de uma posição bastante estendida para atestar a flexibilidade da ginasta. Assim, devem possuir uma amplitude considerada satisfatória e uma forma do corpo bem definida para serem considerados válidos. Uma perda de equilíbrio ou a não colocação da cabeça no movimento conjunto são faltas freqüentes num exercício que pode ser aplicado a qualquer aparelho.

Ginastica Rítmica - Taticas

Para melhorar o desempenho de uma ginasta, há alguns pontos importantes que devem ser considerados:

compreender e dominar as diferentes técnicas é indispensável para não cometer erros que podem ser penalizados na pontuação final;

alguns elementos são mais importantes do que outros, mas podem também ser mais difíceis ou arriscados e podem não se conjugar com a coreografia escolhida;

a ginasta deve concentrar-se nos elementos mais difíceis que valem mais pontos, mas que também requerem mais esforço e treino;

os elementos de ligação não devem ser esquecidos, pois são eles que conferem ritmo e equilíbrio a todo o exercício, sendo fundamentais para um bom desempenho;

alguns elementos podem ser executados de uma forma pouco clara, o que depois pode trazer problemas de interpretação por parte dos árbitros; é necessário interpretar todos os elementos de uma forma clara e simples para que não subsistam quaisquer dúvidas;

uma apresentação muito boa não é fácil, mas também não é impossível, basta muita dedicação, esforço e treino.

Ginastica Rítmica - Estrumentos

Corda

Caracteriza-se por balanços, círculos, rotações, figuras com movimentos tipo "oito", lançamentos e capturas da corda. Os ginastas também saltam e saltam com a corda aberta ou dobrada, segura por ambas as mãos. A corda é feita de linho ou material sintético; proporcional ao tamanho da ginasta.



Arco

Os movimentos mais comuns com o arco incluem balanços, rolamentos, lançamentos e capturas, giros, incursões no arco, rotações do arco no chão e rotações do arco ao redor da mão e outras partes do corpo. O mais impressionante aqui está nos altos lançamentos e nas técnicas complexas para pegar o arco de uma forma diferente a cada momento. O arco é feito de madeira ou plástico, possui diâmetro interior de 80-90cm e peso mínimo de 300 gramas.



Bola

Ondas, círculos, lançamentos e capturas, movimentos com a bola equilibrada na mão, saltos e giros com a bola no chão e ao longo de partes do corpo são os movimentos mais comuns desta especialidade. A bola é feita de borracha ou material sintético, e seu diâmetro é 18-20cm e o peso mínimo é 400 gramas.



Maças

Balanços, círculos grandes, círculos pequenos, moinhos, lançamentos e capturas, e batidas rítmicas são os movimentos mais comuns. As maças são feitas de madeira ou material sintético, com cerda de 40-50cm de comprimento, e seu peso é de 150 gramas cada; a cabeça da maça deve ter no máximo 3cm. Têm a aparência de garrafas invertidas.


Fita

São incluídas nas rotinas de fitas, espirais, balanços, círculos, lançamentos e capturas, e movimentos com figuras tipo 'oito'. A fita deve permanecer em movimento constantemente.

A fita possui uma vareta que é feita de madeira ou material sintético e tem diâmetro máximo de 1cm, por 50-60cm de comprimento; a fita é feita de cetim ou material semelhante com largura de 4-6cm por 6 m de comprimento; o peso da fita deve ser de no mínimo 35g.

Ginastica Rítmica - Regras

As competições são individuais ou em grupos de 5 ginastas. Cada movimento de uma rotina de Ginástica Rítmica envolve um grau alto de habilidade atlética. Um ginasta rítmico deve possuir as seguintes habilidades: força, energia, flexibilidade, agilidade, destreza e resistência. Na ginástica de grupo, os atletas precisam desenvolver na sua equipe de treino, sensibilidade, adaptação rápida e antecipação, além das habilidades acima mencionadas.

Os aparelhos se diferenciam muito nas suas composições. O atleta tem que coordenar movimentos de corpo muito difíceis com os elementos do aparelho que estiver usando.

Ginastica Rítmica - História

A história da Ginástica Rítmica começa um pouco mais tarde do que a da Ginástica Artística. Este tipo de atividade física aposta mais na elegância e na beleza do que no esforço e na resistência. A outra diferença importante entre a Ginástica Desportiva e a Ginástica Artística baseia-se na forma de utilização dos equipamentos, que são complementos dos movimentos na primeira e suporte para as acrobacias na segunda. Neste sentido, a pontuação na Ginástica Rítmica baseia-se não só na execução correta dos movimentos, mas também na graciosidade das atletas, pois este desporto está reservado apenas às mulheres (competitivamente falando).

A Ginástica Desportiva já era praticada desde os finais da I Guerra Mundial, embora sem que regras específicas tivessem sido fixadas. Muitas escolas inovaram a forma como se praticavam os exercícios tradicionais de ginástica através da junção da música que exige o ritmo nos movimentos das ginastas. Apenas em 1946 é feita uma primeira distinção na ginástica de competição, na Rússia, quando surge também a designação de Rítmica.

Em 1961 vários países do leste Europeu organizam um campeonato internacional desta disciplina e no ano seguinte a Federação Internacional de Ginástica reconhece a nova modalidade nas suas regras, sendo que em 1963 se realiza o primeiro campeonato mundial. A maior parte dos equipamentos utilizados atualmente foram introduzidos nesta competição com a exceção da fita e das maças.

Em 1984 a Ginástica Rítmica faz a sua primeira aparição olímpica, embora as melhores ginastas a nível mundial, provenientes dos países do Leste europeu não tivessem concorrido nesse ano devido ao boicote realizado por esses países. Em 1996 os Jogos Olímpicos trazem ainda uma outra modificação nesta competição, tendo sido introduzida a prova de grupo.

Aparelhos

A ginástica artística, também conhecida como ginástica olimpíca é um esporte que requer força, agilidade, coordenação, controle do corpo, flexibilidade, equilíbrio e elegância. Os ginastas realizam exercicios em aparelhos oficiais.

Os aparelhos de ginástica femininos são:

Trave – os movimentos são executados em um espaço estreito. Tem as seguintes medidas: 10 cm de largura e 5 metros de comprimento.
Solo – exercícios realizados no solo tem fundo musical, sendo que os movimentos mais comuns são os saltos mortais e twist. O espaço é de 12 m².

Barras assimétricas – nas barras, é considerado o movimento ao passar de uma barra para a outra e os saltos, como os encarpados e os mortais. As medidas das barras são: 2,45 m e 1,65 m de altura.

Salto sobre o cavalo – antes de pular sobre o cavalo, que tem 1,25 m, o atleta pode tomar impulso correndo de uma distância de 25 m, no máximo.

Na ginástica olímpica masculina, as modalidades solo e salto sobre o cavalo também são disputadas, mas com uma diferença: o cavalo tem 1,35 m de altura. Os aparelhos de ginástica masculinos são:

Barra fixa – na barra fixa, ao executar os movimentos, o atleta deixa de tocar o aparelho, sendo os saltos mais comuns os mortais ou encarpados. A barra tem 2,75 cm de altura e 2.40 cm de comprimento.

Barras paralelas – é obrigatório realizar movimento no ar, sem nenhuma das mãos no aparelho. A altura é de 1,75 m

Cavalo com alças – no cavalo com alças, só é permitido tocar o aparelho com as mãos. Os movimentos devem ser contínuos, de tesouras e de círculo. Os cavalos têm as seguintes medidas: 1,6 m de comprimento e 1,05 m de altura.

Argolas – nas argolas o atleta deve ficar no mínimo dois segundos imóvel, em uma posição horizontal ou vertical.

O alemão Frederic Louis Jahn é chamado de pai da ginástica olímpica. Foi ele quem observou os movimentos em um circo e deu valor a aqueles movimentos, que serviram de base para a atual ginástica artística.

Principais equipes e nações


União Soviética, Rússia e Ucrânia


Sobre a trave, a soviética Astakhova.

Até o desmembramento da União Soviética em 1991, os ginastas que a representavam, em particular as equipes femininas, foram a força dominante em todas as competições oficiais das modalidades.

Entre os anos de 1952 e 1992, as equipes soviéticas conquistaram quase todas as medalhas coletivas dos Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos, exceto durante o pentacampeonato olímpico dos japoneses, bem como as dos eventos individuais. Para o feminino, as exceções coletivas foram os Jogos de 1984 em Los Angeles, no qual não competiram devido ao boicote do Bloco do Leste, e os Campeonatos Mundiais de 1966 (Tchecoslováquia), 1979 (Romênia) e 1987 (Romênia). Seus maiores destaques durante esses quarenta anos foram a ucraniana Larissa Latynina, a maior medalhista na história olímpica, com dezoito no total, seguida de Olga Korbut, que deu à ginástica um grande crescimento popular, Ludmilla Tourischeva e Nellie Kim. Já no masculino, os grandes destaques foram Viktor Chukarin, Nikolai Andrianov, um dos maiores destaques das Olimpíadas de Moscou, e Vitaly Scherbo.

Depois da separação, a Rússia manteve sua tradição de excelência competitiva, com medalhas em todas as competições femininas e masculinas. Durante a segunda metade da década de noventa, a ginasta a destacar-se foi Svetlana Khorkina - três vezes campeã europeia. No entanto, nas Olimpíadas de 2004, o esporte apresentou seu primeiro sinal de crise: a conquista de apenas um terceiro lugar por equipes. Em Pequim 2008, a dificuldade concretizou-se, preludiada pelo mal desempenho da equipe no Mundial de 2007: a Rússia, pela primeira vez em uma competição olímpica feminina, estava fora de todos os pódios. Seu destaque durante os anos 2000 foi Ksenia Semenova, única medalhista russa no Campeonato Mundial de Stuttgart em 2007, quarta colocada nas Olimpíadas de Pequim e campeã europeia em 2009.

A Ucrânia, todavia, não manteve uma equipe competitiva, embora possua bons ginastas a nível individual. Lilia Podkopayeva, a vencedora do concurso geral em Atlanta 1996, é um exemplo. Nos anos que se seguiram até 2009, não obteve resultados expressivos, apenas medalhas individuais em provas masculinas.

Os Campeonatos Mundiais

A origem dos Campeonatos Mundiais adveio das ideias do até então presidente da Federação Francesa de Ginástica, Charles Gazalet. Junto a outros ginastas, ele contrariou a vontade do presidente da FEG - como inicialmente a FIG era denominada -, que se vira obrigado a concordar com o desejo da maioria: A prática da modalidade voltada às competições. Assim, o primeiro Torneio Internacional foi realizado em1903 e continuou com este nome até 1934, quando passaram e ser denominados Campeonatos Mundiais. Estes campeonatos sofreram também algumas transformações e atualmente o Mundial realizado no ano anterior aos Jogos Olímpicos serve para selecionar os ginastas e as nações que deverão participar dos Jogos.

Depois das Olimpíadas, o Mundial é a competição mais importante da modalidade. Realizados de dois em dois anos, mais tarde (1922) passaram a ter suas edições apenas de quatro em quatro. Em 1999 passou a ser disputado anualmente com exceção dos anos em que a ginástica está presente nos Jogos Olímpicos.